OS 40 ANOS DAS ENS NO PARÁ
1973 - 2013
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No dia 17 de novembro de 1973 era lançada a primeira Equipe de Nossa Senhora em Belém.
O Jubileu de Rubi das ENS no Pará foi comemoradoao longo de 2013 e culminou, em 17/11, com uma Santa Missa celebrada pelo Arcebispo de Belém, D. Alberto Taveira Correa e concelebrada pelo Arcebispo Emérito D. Vicente Zico (SCE da Equipe 06B, N. S. de Guadalupe) e pelo Bispo Auxiliar D. Teodoro Mendes Tavares e mais sete SCEs e um Diácono equipista. A celebração aconteceu na Basílica Santuário de N. S. de Nazaré– onde se iniciou o Movimento em Belém – presentes equipistas de todos os Setores da Região, havendo em seguida um evento de convivência muito agradável, quando foi lançado o Hino dos 40 anos das ENS no Pará, de autoria do equipista Antonio Salame, da Sílvia, Equipe 11A.
SETE DIAS COM DONA NANCY
Sandra e Jaime / Equipe 05A - N. S. Rainha dos Apóstolos
Em visita pastoral à Região Norte II, d. Nancy Moncau, fundadora das ENS no Brasil, esteve em Belém e por graça do Espirito Santo, tivemos a honra de hospedá-la em nossa casa, por sete dias.
Quando fomos informados por Terésè e Valente, Casal Regional naquela época, ficamos muitos apreensivos, todavia demos o nosso sim de coração aberto. Deus estava operando maravilhas e bênçãos em nossa família, sem nenhum mérito de nossa parte.
Começamos a agir preparando tudo para sua chegada, com muito carinho e simplicidade. E lá vem a d. Nancy recebida com muitas festas, faixas de boas-vindas, toda elegante, feliz e iluminando a todos.
Na convivência de sete dias fomos agraciados com lições de amor e sabedoria. Por ocasião das refeições ficávamos a ouvir suas histórias tão verdadeiras com seus filhos e seu amado Pedro. Uma frase dita aos nossos filhos, que calou profundamente: “Nas escolhas que vocês fizerem, tentem imaginar como será o futuro.”
De noite, quando não havia programação do Movimento, sentávamos na sala a conversar sobre conjugalidade, recebendo dela tantos conselhos, nos mostrando que sem doação e perdão, o amor conjugal não amadurece. Nos falou que confiar significa dar uma segunda chance e que casal equipista deve ser verdadeiro e ter comportamento compatível com a proposta das ENS.
A música fazia parte da sua vida, gostava de escutar valsa e nos ver dançar, mostrando a sua satisfação com um largo sorriso.
No dia do seu retorno ela nos presenteou com um livro sobre Espiritualidade Conjugal, pedindo que fosse nosso livro de cabeceira. No aeroporto, nos abraçou forte, dizendo: “Amem-se intensamente, aproveitem cada instante da vida a dois e com os filhos, pois o tempo passa muito rápido e brincando falou que no céu não tem casamento, lá nós somos todos anjos de Deus.”
Na visita que fez a Belém, em 1990, d. Nancy visitou D. Vicente Zico, hoje SCE da Equipe 06B.
HÁ 40 ANOS COM AS EQUIPES DE NOSSA SENHORA NO PARÁ
Pe. Giovanni Incampo, Bta - SCE da Equipe 10A
Vindo da Itália em 1969 e conduzido como pároco de Nazaré, em 1972, nunca tivera conhecimento da existência das Equipes de Nossa Senhora. Parece até estranho que um movimento de espiritualidade conjugal e familiar, sob o nome e a proteção especial da Virgem Maria, não estivesse presente e nem conhecido na cidade de Santa Maria de Belém e, em especial, na paróquia de Nossa Senhora de Nazaré, centro promotor da maior romaria mariana do mundo. Foi mesmo Nossa Senhora que, providencialmente, trouxe e implantou em Belém o Movimento das suas Equipes.
O Professor Universitário de Brusque/SC, Plínio Hahn, em 1973, com a esposa Mônica e as filhas adolescentes, chegou a Belém a serviço da SUDAM, e alugou uma residência no Jardim Ipiranga da Braz de Aguiar, bem pertinho da Basílica de Nazaré. Era o mês de setembro, primeiro aniversário da Peregrinação da Imagem de Nossa Senhora pelas casas, em preparação ao Círio de Nazaré. É óbvio que a primeira Missa de que o casal catarinense participou em Belém foi na bem próxima Basílica de Nazaré. Foi simplesmente a obrigação de um casal católico? Não foi. Mônica e Plínio, da ENS de Brusque, foi o instrumento humano que Nossa Senhora acompanhou, do Sul para o Norte do Brasil, para instalar na sua cidade de Belém o seu Movimento de casais católicos. De fato, após a Santa Missa Dominical, enquanto eu, celebrante, me desparamentava na sacristia, fui reverenciado pelo belo casal catarinense que, após a costumeira apresentação, introduziram logo, com muito entusiasmo, o assunto Equipe de Nossa Senhora prontificando-se a iniciar na paróquia a primeira Equipe no Norte. O fogo sempre queima. O entusiasmo e a convicção do casal pelo Movimento me contagiaram e me conquistaram logo. Só combinamos um tempo razoável para escolher 7 casais, pilotá-los e inteirá-los na mística do Movimento com os quais marcamos a primeira reunião para depois da festividade de Nazaré.
No dia 17 de novembro de 1973 houve a Primeira Reunião formal da Primeira Equipe de Nossa Senhora em Belém do Pará. A qual título de Nossa Senhora dedicá-la? Nem se pergunta! À NOSSA SENHORA DE NAZARÉ. O primeiro SCE, necessariamente, foi Pe. Giovanni Incampo, e com muito orgulho e alegria! O Casal Piloto foi Mônica e Plínio. Essa primeira reunião foi na residência deles, seguindo o tradicional roteiro das ENS. Lembro que o casal teve de emprestar, dos vizinhos, cadeiras, talheres e louças. A janta, como a reunião, foi humilde, simples e muito fraterna conforme o espírito recomendado pelo Diretório. Os sete casais foram: Celeste e Nelson Ribeiro; Coeli e Gerson Silva; Teresinha e Geraldo Guimarães; Odete e José Cruz; Mariazinha e Miguel Coelho; Carmen e José Maia e, incrível, Mônica e Plínio que, tendo deixado a própria Equipe em Brusque, fizeram questão de ser não apenas o Casal Piloto, mas o sétimo casal da nova Equipe. Evento histórico para o Movimento, para a Arquidiocese de Belém e para o Pará. Um rebento sagrado e fecundo, transplantado de Santa Catarina para Belém, que cresceu e brotou outras 40 Equipes em Belém, uma para cada ano, e outras muitas espalhadas em outras Dioceses e paróquias do Pará: Castanhal, São Miguel do Guamá, Capitão Poço, Capanema, Salinópolis e Abaetetuba.
Enquanto o Movimento no Pará se tornou adulto e santifica centenas de casais e famílias, a cultura secularizada e mundana da sociedade hodierna contesta e ataca a sacralidade da família cristã. Este Movimento foi e é um presente da Providência Divina, hoje mais atual que nunca, que age como fermento na sociedade para santificar e conservar unidos os casais e as famílias: tudo sob a intercessão e a proteção da Virgem Maria, Mãe de Deus e Nossa. Um grande, perene MUITO OBRIGADO a Ela!
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“SUSTENTAÇÃO DE NOSSA VIDA CONJUGAL”
Mariazinha e Miguel - Equipe 01A - N. S. de Nazaré
Falar ou escrever sobre os quarenta anos de nossa caminhada nas Equipes de Nossa Senhora é muito gratificante. Aliás, nossa vida de casados desde cedo esteve envolvida com as Equipes.
Quando nos casamos, o fizemos sob as bênçãos de Deus e ainda no início nos colocamos a serviço da Igreja. Participamos de movimentos como o M.F.C., Cursilhos de Cristandade, ECC, além dos trabalhos na nossa paróquia. Entretanto, quando começamos a fazer parte das Equipes de Nossa Senhora, percebemos que era o movimento que nos completava e nos ajudava a crescer em nossa vida de casados.
Os primeiros anos na Equipe não foram fáceis: os compromissos profissionais, os afazeres domésticos, filhos crescendo e com eles problemas de convivência, trabalhos na paróquia, as normas do Movimento que muitas vezes conflitavam com nosso modo de viver e entender, não foi fácil vencer.
Mas, a graça de Deus está sempre presente e o auxílio de Maria Santíssima se fazem sentir sem que o percebamos. Os casais da Equipe foram os instrumentos que Deus e Nossa Senhora nos mandaram para superarmos aquela fase.
Quanto devemos a Odete e Cruz, Cely e Gelson, Celeste e Nelson, Tereza e Geraldo, Carmem e Maia, além do apoio incansável de nosso Conselheiro Pe. Giovanni. Eram os membros da Equipe 1 que sempre estiveram ao nosso lado e que muito contribuíram em nossas coparticipações (por em comum) e, com exemplos, conselhos e orientações nos ajudaram a superar os problemas que se apresentaram.
A Equipe 1 mudou. Cruz foi chamado para junto do Pai. Celeste e Nelson, Carmem e Maia deixaram o Movimento, Pe. Giovanni deixou a Equipe e a paróquia, mas outros casais e novos Conselheiros chegaram e a Equipe continuou.
O Movimento foi crescendo. O Espírito Santo e Nossa Senhora chamaram novos casais e com tantas graças recebidas não tínhamos como recusar servir às ENS. Passamos, então, a participar das atividades e trabalhar pela divulgação e crescimento do Movimento que foi e é a sustentação de nossa vida conjugal. Na Eucaristia e na oração sempre buscamos o alimento de nossa fé. Nas Equipes de Nossa Senhora encontramos o apoio para nossa vida conjugal.
Entretanto, novas provações se apresentaram, pois a vida continua e dificuldades são inerentes à vida dos casais, mas Deus está sempre presente. E os casais da Equipe 1 e nosso Conselheiro são os instrumentos que a Providência Divina nos dá para nos ajudar na superação das dificuldades.
Assim foi quando Deus levou nosso Carlos, com 32 anos, dia 30 de dezembro. Foi uma partida muito dolorida. Para nós, parecia que o mundo estava acabando e o chão nos fugia dos pés.
Procuramos, na oração, preencher o vazio que ficou com a partida do Carlos. As presenças dos outros filhos, dos casais da nossa Equipe, de modo especial do nosso Conselheiro, além de outros amigos, foram o bálsamo a aliviar a dor daquela perda terrena. Mais uma vez encontramos na nossa Equipe e no carinho dos filhos e netos que nos cercam o alento para continuarmos a luta no cumprimento de nossa missão.
Esta tem sido a nossa caminhada no Movimento e, diariamente, em nossas orações, agradecemos a Deus e à Maria Santíssima por termos sido escolhidos para participar das ENS e pela força e estímulo que temos recebido de nossa Equipe de base.
No 2º Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora, celebrado em Florianópolis, em 2009, a Região Norte II homenageou o casal fundador das ENS no Pará. Mônica recebeu uma imagem réplica da original de Nossa Senhora de Nazaré, entregue pelo Pe. Giovanni Incampo.
O casal supérstite da Equipe 1, Mariazinha e Miguel, com o casal fundador, que trouxe a Boa Nova da Espiritualidade Conjugal para Belém, Mônica e Plínio. Plínio já se encontrava doente e, em 2012, retornou à casa do Pai.
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