Espiritualidade Conjugal

Os casais são chamados a viver plenamente o amor conjugal e o amor a Deus no sacramento do Matrimônio. A Espiritualidade Conjugal os leva a um caminho para a santidade, em casal:
Os casados são santos na medida em que se amam, e tanto mais se amam quanto mais santos.” (Padre Flávio Cavalca)

Você encontra aqui links para artigos sobre Espiritualidade e vida matrimonial e, em seguida, reflexões:

- Catequese do Papa Francisco sobre o Sacramento do Matrimônio, na Audiência Geral de 02/04/2014: http://www.vatican.va/holy_father/francesco/audiences/2014/documents/papa-francesco_20140402_udienza-generale_po.html#

- Carta do Papa Francisco às Famílias, em 02/02/2014: http://www.vatican.va/holy_father/francesco/letters/2014/documents/papa-francesco_20140202_lettera-alle-famiglie_po.html

- “Amor na Plenitude Tranquila”, Carta Mensal das ENS – Setembro/2004, pelo Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr:
http://www.ens.org.br/site/index.php?secao=4&edicao=200409&texto=52

- “Espiritualidade Conjugal, caminho de santidade” – CM – Outubro/2007, por Vânia e Edson:
http://www.ens.org.br/site/index.php?secao=4&edicao=200710&texto=267

- “Espiritualidade Conjugal e a Santidade” - CM – Novembro 2007, por Nilza e Nivaldo:
http://www.ens.org.br/site/index.php?secao=4&edicao=200711&texto=270

- “O chamado para viver a espiritualidade conjugal, objetivo das Equipes de Nossa Senhora”, CM – Fevereiro/2007, por Angela e Luiz:
http://www.ens.org.br/site/index.php?secao=4&edicao=200702&texto=214

- “Espiritualidade Conjugal e Orientação de Vida”, CM – Setembro/2007, por Rosa e Paulo:
http://www.ens.org.br/site/index.php?secao=4&edicao=200709&texto=255

- “Ensaio sobre a Espiritualidade Conjugal” - Encarte da “Carta Mensal” das ENS, abril/2004, pelo Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr:
http://www.ens.org.br/site/index.php?secao=4&edicao=200404&texto=36

 

“O CAMINHAR COM CRISTO”

Como é difícil a caminhada da vida com Deus. Muitos desistem pelo meio do caminho. Muitos são vencidos pelos apelos do mundo.
É preciso que saibamos que o caminhar com Deus não nos deixa imunes, tão pouco a salvo, de nossas cruzes. Mas, com certeza, a presença de Deus em nossas vidas nos faz muito mais fortes, para podermos transformar aquilo que pode ser transformado e aceitar o que não podemos mudar. Isso tudo faz parte de um emaranhado de escolhas que fazemos no decorrer de nossa existência, muitas vezes na tentativa de driblar sofrimentos.
Imagine como seria nossa vida se Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, não nos protegesse! Se Nossa Senhora não intercedesse por nós junto ao Pai! Nossa caminhada, que já é árdua, seria ainda mais difícil.
A única certeza que devemos ter é que caminhando com Deus, ainda que tenhamos quedas, lutas, perdas ... seremos vencedores. Se mantivermos nossa tranquilidade e serenidade ... de repente receberemos um sinal. É Deus agindo. Amar à Deus e segui-lo muda a forma de vivenciarmos nossas aflições e tristezas.
O afastamento de Deus é um dos maiores pecados que o cristão pode cometer!!!
Sabemos que a natureza humana nos impulsiona a sermos imediatistas e buscarmos caminhos mais fáceis, nos quais os resultados são mais rápidos, mas sem durabilidade. E por vezes escolhemos ser do mundo, nos afastando do caminhar com Deus.
No mundo temos ilusões de felicidade, amor, paz e justiça. No lugar da felicidade, o mundo nos oferece momentos felizes que vão com a intensidade com que chegaram; ao invés de amor, o mundo proporciona paixão, que fica só por um dia.
Daí você pode se perguntar: e a paz e a justiça, essas duas últimas o mundo não pode nos dar? Porque a verdadeira paz e justiça vem do amor de Deus por nós! O que Deus te oferece é um reino de paz, justiça, alegria e amor. Não um amor com data de vencimento. Mas um amor incondicional de doação. Essa é a vida que Deus nos oferece se nós decidirmos segui-lo.
“Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1, 12) Reconheçamos que somos filhos de Deus e saibamos, com seus ensinamentos, discernir os sinais dos tempos, para que cumpramos a tarefa de ousar o Evangelho.
Magnificat!!!

Cristiane e Fábio
Eq. 13A – N. S. da Alegria
Belém (PA)


 

ENCONTRO FRATERNO: ENSINAMENTOS (*)
Confesso minha dificuldade para ordenar e partilhar em pouco espaço, o muito que aprendi ao ler ‘O Papa Francisco - Conversa com Jorge Bergoglio’, que trata de uma entrevista prestada pelo Cardeal Jorge Mário Bergoglio, à jornalista e psicóloga Francesca Ambrogetti, e ao escritor e também jornalista Sergio Rubin, obra editada por ‘Verus’, Campinas, SP -2013.
Sobre ecumenismo, encontramos logo no Prólogo, assinado pelo Rabino Abraham Skorka, em dezembro de 2009: “Não se trata de uma devolução de gentilezas, e sim de um sincero e exato testemunho de um profundo diálogo entre dois amigos...”. No último parágrafo afirma: “Entendo este livro e muitas das histórias que nele são testemunhadas como um tributo a essa esperança, que compartilhamos fraternalmente há muitos anos, que enriqueceu nossa espiritualidade e certamente nos aproximou de Deus, que insuflou o hálito de vida em cada ser humano”.
Dos ensinamentos contidos nas respostas do Cardeal Bergoglio, pinçamos alguns que se referem ao pecador: “Para mim, sentir-se pecador é uma das coisas mais lindas que pode acontecer a uma pessoa se levado às últimas consequências. Explico: Santo Agostinho, falando da redenção, vendo o pecado de Adão e Eva e vendo a paixão e ressurreição de Jesus, comenta: ‘Feliz pecado que nos mereceu tal redenção” (p. 84). Perguntado sobre qual o maior dos pecados, responde que é o ódio, no entanto “o que mais me repugna é a soberba, o ‘se achar’. Quando me encontrei em situações em que ‘me achei’, tive uma grande vergonha interior e pedi perdão a Deus, pois ninguém está livre de cair nessa.” (p. 104).
Há de se refletir, portanto, sobre um exame de consciência que nos coloque ‘de frente’ com o pecado, reconhecendo-se a falta cometida, para que o perdão venha ao encontro do arrependimento que leva à redenção.
Ivens Coimbra Brandão (ENS – Equipe 12A)

(*) Artigo publicado no jornal católico A Voz de Nazaré em: 29/11/2013

 

 

Reflexão Quaresmal

QUARESMA: ACOLHER EM CASA E DEIXAR-SE DESCOBRIR POR JESUS

Jesus levantou os olhos e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa. Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus.”

Caríssimo/as:
O tempo quaresmal é propício para que façamos uma profunda reflexão introspectiva acerca do nosso ser, para isso, com o auxílio do Evangelho, a Palavra Revelada. Nesse intuito, Lucas nos apresenta o encontro de Jesus com Zaqueu (Lc 19,1-10) que, a propósito da sua finalidade, o evangelista elege como público-alvo da mensagem cristã os nãos judeus, cada um de nós, já que o Reino de Deus, conforme ele, tem uma perspectiva universal.
Dessa forma, tal como Zaqueu, no Evangelho, que era “rico”, vivia na cidade e que “procurava ver Jesus”, não podendo “por causa da multidão, pois era de pequena estatura”, encontramo-nos, também, cada cristão, nesta mesma situação, por vivermos numa sociedade (a cidade de Zaqueu) que comporta valores da “cultura da morte”, muitos dos quais nos envolvem, tornando-nos “ricos” e, como Zaqueu, impedindo-nos de ver Jesus.
Zaqueu, apesar de tudo isso, queria ver Jesus, certamente, porque não era feliz na sua riqueza, como cobrador de impostos, e buscava “algo mais”, intuitivamente, na pessoa de Jesus. E nós, será que queremos, de fato, “ver” Jesus?
Para isso, precisamos reconhecer, neste tempo quaresmal, o quanto somos ricos, através da nossa autossuficiência, juntamente com a intolerância, o preconceito, o orgulho, o egoísmo, a incompreensão e tantas outras atitudes anticristãs, das quais precisamos nos desvencilhar e despojar, para subirmos na “árvore”, pra além disso tudo, para vermos como Ele é, o Messias, portador do Reino dos Céus. Este por sinal, um tema muito enfatizado no Evangelho lucano.
“...desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa”. Vivendo numa Igreja cujo pastor, o Papa Francisco, nos exorta à cultura do encontro, em oposição a do descartável, assim nos fala, permanentemente, Jesus, no seu desejo de reinar em nossa casa, em nosso lar, em nossa família e na sociedade, com certeza, a partir da sua relação pessoal com cada um/a de nós, na ousadia de que sejamos a sua luz neste mundo e sociedade, que carecem tanto do seu amor....! Então, cabe-nos a pergunta: queremos acolher e deixar-se descobrir por Jesus, em casa?

Senhor, tornai-nos dignos de Te acolher, como Zaqueu, em nossa e Tua casa! Assim seja. Amém.

Edward Martins de Aquino (ENS – Equipe 15B)

 

ENS – OUSAR O EVANGELHO:
acolher e cuidar dos homens.
Os casais das Equipes de Nossa Senhora, todos, devemos estar muito felizes pelo tema de estudo deste ano, vivendo a expectativa de refleti-lo em nossos encontros, sobretudo, porque esse exercício deve estar intimamente vinculado, consequentemente, à vivência da nossa fé, tanto individual como conjugalmente e em família, incidindo diretamente em nosso ambiente circundante.
É um tema, cujo papel sobre nós deve ter um caráter indutivo e provocativo. Este, porque nos sacode e questiona em nossos comodismos e confortos em face da nossa (co)responsabilidade para com o outro, aquele que precisa, para além dos nossos espaços de intimidade; e aquele, o primeiro, porque nos exorta, juntamente, com a Igreja, a sairmos de nós mesmos, superarmos o “deserto” das adversidades e barreiras, partindo para o acolhimento e o cuidado de/a, no exercício do kerigma evangélico, autenticamente, através da proclamação/anúncio da Boa Nova.
Um aspecto importante que, nisso, devemos ressaltar é o privilégio da leitura e reflexão da Palavra de Deus em nossas reuniões. Ouvir, refletir e meditar a Palavra deve ser um passo, fundamental para nós, casais, em nosso propósito desta ousadia conforme a mensagem deste tema. A Igreja comporta e dispõe de uma variedade de métodos para esta atitude, como o caso, ilustrativamente, da Lectio Divina, atualmente, muito em uso em nossos grupos pastorais, funcionando como se fossem degraus para o aprofundamento da nossa espiritualidade, através dos seguintes procedimentos: 1. Leitura (Lectio); 2. Meditação (Meditatio); 3. Oração (Oratio), e 4. Contemplação (Contemplatio). Que devem funcionar, espiritualmente, interligados.
Se não podemos exercitar, metodicamente, todos estes passos na reunião, pelo menos, façamos o que for possível, o mesmo esforço tendo em casa, tanto conjugal, como familiar e individualmente. Além disso, na reunião, devemos aproveitar, como riqueza, a reflexão do nosso Conselheiro Espiritual, cuja palavra, a fazer parte da sua pedagogia, deve ser haurida com muita atenção e acolhimento em nossos corações.
Um outro aspecto, também inerente ao tema em questão, diz respeito ao fato de que o Evangelho, como a Palavra viva, conforme nos ensina a Sagrada Tradição cristã, a partir dos apóstolos e continuando na sucessão apostólica (atualmente, com o Papa Francisco), deve ser transmitida, recebida e guardada, como tradição, mas, sobretudo, o Evangelho deve ser, principalmente, anunciado, proclamado, objeto de fé e portador de salvação. Portanto, traduzidamente em nossas ENS, ousar o Evangelho, inevitavelmente, implica em acolher e cuidar dos homens, assim como fez Jesus, deixando os seus (em Nazaré) e indo ao encontro do/a outro/a, anunciando que “o Reino dos Céus já está entre vós”, mediante a sua ação salvadora e libertadora junto àquele povo carente de Deus. Em nosso caso, isso deve se dar, principalmente, através do nosso testemunho de vida, a partir da nossa casa (Igreja doméstica) e se irradiando para toda a Igreja, e, marcadamente, na sociedade. Assim seja. Amém.

Valda e Edward – ENS 15B

 


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